quarta-feira, 8 de fevereiro de 2012

O PT a greve e a oposição - Entre a irresponsabilidade do esquerdismo e o oportunismo da Direita

*Herlom Miguel


Na Bahia, todos os dias são dias de polêmicas. Ultimamente temos vistos boas e más polêmicas. Uma boa polêmica é a greve dos policiais, os impactos na vida dos baianos e o resultado dessa greve para nossa conjuntura. No entanto, quero me ater a falar um pouco sobre as falsas polêmicas.

Não há como negar que o PT participa e participou de todas as greves da Bahia. Obvio, o PT nasce de uma construção dos movimentos sociais. Sendo assim, é natural ter petista nos movimentos populares da Bahia. Somos governo agora e não mudamos. Os petistas autênticos que mantém seus princípios defende que nessa greve os trabalhadores possam expandir seus ganhos reais. O PT defende cada vez mais pressão do movimento social. O Brasil é administrado por várias forças conservadoras e nosso partido precisa do povo na rua para expandir avanços populares. Nem na greve de 2001 e nem nessa defendemos saques, baderna, arma na cara de trabalhador, fogo em ônibus. Sendo assim, nem lá e nem cá mudamos. Todas as greves são legitimas e se o povo grita junto é porque sente coletivamente necessidade de mudanças. Dito isso, reafirmo somos o mesmo partido e mantemos nossa trajetória e coerência.

É comprovado e está na avaliação do povo que o governo do PT trouxe um conjunto de avanços para os mais pobres. Tais como: Expansão das Universidades Públicas, PROUNI, Pronatec, Geração de milhões em empregos, ascensão dos mais pobres, construção de hospitais, aumento real do salário mínimo, criou instancias de defesa dos direitos dos negros e das mulheres, só para citar alguns.

Relembrar o passado é fundamental. O Governo do Estado da Bahia, pegou a segurança pública desmontada. Os seu primeiros passos garantiram inclusive os números que comemoramos hoje. Houve diminuição dos índices de violência na Bahia. Devolver a autoestima dos trabalhadores, os primeiros reajustes, armamento, compra de viaturas, são alguns dos avanços recentes deste governo.

O “líder” do movimento grevista se chama Marcos Prisco. Pulou de partido em partido passando pelo Psol e pelo PTC e agora está no PSDB. Foi candidato pelo PTC e almeja a câmara de vereadores em 2013. A partir daí devemos avaliar tanto sensacionalismo, intransigência e necessidade de câmeras.

Sobre o DEM / PSDB / PMDB os motivos são óbvios: Fazem disputa partidária. Devemos esperar pouco destes partidos. O DEM/PSDB administraram a Bahia a maior parte do período da redemocratização até os dias de hoje. Pouco fizeram pelos mais pobres e agora jogam confete sugerindo coisas que não tiveram competência para fazer.

Sobre o PSTU, nem citarei muito. O PSTU é um partido jovem e equivocado. Na Bahia, acabaram de ganhar o sindicato dos Metalúrgicos da Bahia com o PCdoB. O conteúdo programático dessa chapa com certeza foi a conveniência, já que defendem para Bahia e para o Brasil coisas muito diferentes. É um partido jovem pela sua idade e porque poucos ficam no partido após completar maioridade, ao menos intelectual. Já o Psol, nasceu de onde surgem parte dos problemas do PT. O PT foi criado por suas massas: “O movimento Social Brasileiro” Sindicalistas, estudantes, mulheres, negros, gays, lésbicas, intelectuais e operários. O Psol foi criado por meia dúzia de intelectuais que pararam de fazer análise de conjuntura em 1917. Eles achavam que o PT era uma religião e não conseguiram dar conta de ser governo e ter que corrigir fluxos, afinal há gente não correta em todos os partidos. Com a greve o Psol de forma irresponsável espalhou a teoria do caos e reforçou alguns dos boatos da direita e da mídia golpista. Na minha opinião um dos princípios socialistas é tentar manter-se no caminho do que é melhor para a classe trabalhadora e nesse sentido a greve, tal como se deu, só provocou problema para o povo pobre. Tudo bem, disputa partidária sempre haverá. Mesmo assim dos companheiros “filhos desgarrados do PT” esperava mais coerência. Sempre achei que a tática do quanto pior melhor era dos reacionários.

Outra mentira é a ausência do PT do cenário mais público. A Senadora Lídice da Mata chegou a Salvador com o Ministro da Justiça, o Senador Walter Pinheiro, que esteve todo o tempo sincronizado participando e ajudando nas negociações. Com exceção de um ou outro Deputado Estadual que se jogou no chão ao ver as câmeras, a atuação do legislativo foi de mediação e ajuda na construção do acordo. O Nelson Pelegrino é um dos mais atuantes parlamentares da câmara, tem carinho especial por Salvador e tem participado das conversas.

É fundamental que essa greve acabe com um saldo positivo para todas as partes. É importante que os policiais que lutaram tenham suas vitórias. É necessário também utilizar os erros como instrumentos de aperfeiçoamento, tanto da greve, quanto da negociação coordenada pelo governo. O saldo incontestável é de que violência e intransigência não combinam com democracia. Unificação das políticas, aumento dos salários, carreira unificada, plano de cargos e salários são algumas propostas.

Para finalizar, todo o desgaste proposto tem como pano de fundo as eleições 2012. A disputa eleitoral faz com que a oposição use todos os fatos para diluir o projeto político dirigido pelo PT na Bahia. Nenhum desses movimentos de desgaste do governo podem fazer o povo esquecer que o governo do PT trouxe muitas vitórias para o povo. Em 2012 o debate será qual o melhor projeto para administrar as cidades.

Vida longa aos trabalhadores que lutam, vitória aos grevistas. Vida longa ao PT e sucesso ao governo Wagner.

*Herlom Miguel é Secretário de Comunicação do PT de Salvador

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